O autor deste blog NÃO reconhece o novo acordo ortográfico e usa sua própria ortografia baseada em critérios lógicos.

Conheça, também, o primeiro Aleateorias.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

DE VOLTA DO INFERNO

© Images.Com/Corbis


Vamos tentar de novo.
Começo desse jeito porque já estava com um post pronto para ser publicado e, graças à falta de coordenação motora que me é característica, a um toque involuntário no touchpad do note que, logo quando não deve, resolve ser super-sensível, e ao sistema de auto-salvamento de texto do Blogger, tudo foi apagado e precisarei começar do nada porque nem o rascunho escapou. A vantagem é que agora as idéias estão prontas e talvez o texto saia um pouco melhor.
Já faz tempo que não passo por aqui. Os motivos são os de sempre: correria com o trabalho, falta de idéias, cansaço… Mas acho que o principal motivo é que agora estou em paz. O início do ano foi marcado por uma profusão de posts em grande parte por conta do turbilhão emocional que passou por aqui. Me parece que sou daqueles que não sabe lidar direito com os próprios problemas e, portanto, acha razoável descarregá-los nas costas do mundo inteiro, ou seja, sou melodramático. Em minha defesa, posso dizer que pessoas em situação de crise tendem a reagir de maneira diametralmente oposta ao seu padrão de comportamento. No meu caso, isso significa perder quase totalmente o controle sobre as emoções.
Tudo isso para introduzir o assunto que meus contatos no Twitter e no Facebook já sabem há alguns dias (fora os que tiveram a chance de confirmar pessoalmente): Anna e eu estamos de volta!
Depois de três meses e alguns dias separados, muito choro dos dois lados, muita conversa em que dissemos tudo aquilo que deveria ter sido dito enquanto estávamos juntos e muita insistência (essa parte foi só minha), resolvemos que precisamos tentar mais uma vez.
“Depois daquele salseiro todo, só agora ele vem dizer que voltaram?!” Imagino que isso passe pela cabeça de todos aqui e faz muito sentido. Mas explico: o blog existe para que eu possa descarregar aquelas idéias que, por algum motivo, preciso materializar de algum jeito que não consigo fazer em apenas 140 caracteres. O fato é que, em condições normais, não sinto necessidade de compartilhar tudo o que se passa na minha cabeça ou no coração. Isso só acontece na hora em que estou emocionalmente sobrecarregado.
Ter uma nova chance com a Anna realmente acalmou meu coração. Ainda existem coisas que precisam ser ajustadas, conversas que precisam ser feitas e, principalmente, erros que precisam ser evitados. Mas estamos bem. Depois de três meses no inferno, sinto-me vivo outra vez.
Agora que meu espírito está em paz, é certo que o blog vai passar mais tempo parado. Mas eu realmente preciso agradecer a todos os que me sustentaram todo esse tempo. Eu não teria sobrevivido sozinho. Por mais que minha reação fosse exagerada (tenho certeza que foi) e que eu mesmo soubesse que o mundo não ia acabar, era assim que eu me sentia e eu realmente não conseguia controlar meu coração e, da mesma maneira que nunca espero que meus amigos sejam fortes quando estão fracos, sei que tenho amigos que estão prontos para tornar minha queda menos desastrosa quando não tenho mais forças para continuar em pé. Perder a Anna foi como se de repente o piso do prédio desaparecesse e eu despencasse do vigésimo andar (quem conhece meu pavor de altura entende o que quero dizer com essa metáfora). Vocês impediram que eu me esborrachasse no chão.

Conheça, também, o primeiro Aleateorias.