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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CASA NOVA, TIJOLOS VELHOS

© Images.com/Corbis
 
Como dizem por aí, “ano novo, vida nova, casa nova”. É verdade que o ano já não é mais tão novo e a nova vida que se me apresenta não é nada agradável por enquanto. Casa nova ainda vai demorar um pouco, já que ainda tenho que resolver minha vida financeira antes de conseguir tocar esse projeto. Então, pelo menos um blog novo, certo?
Mais ou menos. Quem prestar atenção vai notar que este blog é muito, mas muito mesmo, parecido com o anterior. Tão parecido que resolvi manter a continuidade. Todas as colunas que existiam no antigo Aleateorias continuarão existindo aqui, seguindo a numeração. Também mantenho aquela estranha lista de blogs mortos ali do lado, mesmo que ninguém mais se importe ou mesmo se lembre.
As novidades em relação ao blog antigo são poucas. Como não sou grande coisa em programação, mais uma vez fiz a opção de usar um modelo básico e personalizá-lo na medida do possível. No final das contas, o resultado não é lá grande coisa, o que me obriga a ser pelo menos razoável na qualidade dos posts. Convenhamos: a não ser pela bondade dos amigos, só posso contar com o que escrevo para ter leitores.
A única novidade que talvez mereça ser comentada é o quadro de Status ali no canto superior direito. A idéia é sempre colocar alguma imagem que traduza o meu estado de espírito, de modo que aqueles que se importam comigo podem simplesmente bater o olho ali e saber como estou. As imagens serão sempre simples e diretas. A de agora, por exemplo, é bastante óbvia.
Quando comecei a vida de blogueiro, a intenção era fazer uma coisa simples, que servisse como canal rápido de comunicação com os amigos. Essa parte do plano deu errado, porque os amigos pararam de blogar e eu logo comecei a escrever sobre uma variedade muito grande de assuntos. Também porque a correria e o cansaço da vida me afastaram do blog. Finalmente, o Twitter acabou assumindo a função de me conectar com o resto do mundo. Mas continuei com o blog e, durante todo esse tempo, as funções elementares que o Uol oferecia foram suficentes.
Nesses últimos dias, porém, retomei a rotina de escrever, por razões que praticamente todos aqui já conhecem. Percebi, então, que o Uol parou no tempo e que eu teria que gastar muito tempo pesquisando para fazer as atualizações que eu queria. Ao mesmo tempo, percebi que o Blogger tem um sistema muito simples de configuração — template codes for dummies. Estudei um pouco e resolvi fazer a mudança.
Comecei a fazer os testes nesta semana, o que não foi muito fácil, já que minha conexão resolveu dar problema (ainda não está legal). De ontem para hoje, finalmente cheguei ao formato que considero satisfatório e passei a pensar nos detalhes. Tentei importar as mensagens do blog antigo, mas não consegui. Tudo bem, já que não pretendo deletá-lo. A parte mais trabalhosa mesmo foi transportar todos os links de um lado para o outro. Um deles foi particularmente difícil.
Entre os links descontinuados, está o Histórias de Anna e Fili, um blog que abri com a Anna ainda no começo do namoro e que não durou muito, por várias razões. Caí na besteira de reler alguns dos posts e o resultado foi uma tristeza muito grande. Não consegui evitar o pensamento de que não foi só o blog que foi descontinuado, mas toda uma longa história que eu realmente acreditava que daria certo.
Como podem ver, ainda não superei isso. Já me disseram que vai passar antes do que eu imagino, que ainda não dá para saber o que vai acontecer, que preciso aproveitar esse momento para aprender coisas importantes sobre mim mesmo e sobre a vida… Sei que tudo isso é veradade, mas, por enquanto, ainda estou muito triste e, mesmo tendo bons amigos por perto sempre fazendo o que podem para não me deixarem sozinho, a verdade é que me sinto muito solitário, como se tivesse perdido a única pessoa que realmente me conhecia.
Montar o novo blog me ajudou a pensar em outra coisa por um tempo. A mesma coisa vale para os filmes, os jogos, as saídas e conversas com os amigos. No final, estou sempre sozinho e tentando entender como pude deixar escapar o que parecia ser a melhor chance que eu tinha de ser feliz. E, se o que eu digo sempre para meus alunos é verdade, a felicidade talvez nunca mais me dê uma oportunidade de alcançá-la, porque ela não é um direito. É um privilégio.
Gostaria que meus problemas e angústias pudessem ser simplesmente abandonados como fiz com o blog antigo. Mas não é assim que a vida funciona. Vou me esforçar para recomeçar, reconstruir o meu mundo, mas vai ser difícil me livrar dos velhos tijolos.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom, acho que vc não tem que se desfazer dos velhos tijolos.
Eles sempre farão parte de vc, da sua estrutura, fazem parte da bagagem das suas vivências.
Somos a somatória de todas as relações que tivemos, sejam elas boas ou ruins (ou ambas).
Eu sei que é chato ficar ouvindo as pessoas dizerem que isso vai passar, mas é fato! Uma hora vai passar, sem dúvida, Makoto!
Força aí e vá com calma.
A solidão é uma ótima professora e pode se tornar uma boa amiga depois que vc fizer as pazes com ela.
Abraços

Anna disse...

Concordo com a Vivi!

Makoto® disse...

Esqueci de explicar o que são os tijolos velhos. Isso rendeu outro post.

Conheça, também, o primeiro Aleateorias.