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sábado, 4 de junho de 2011

X-MEN: PRIMEIRA CLASSE (X-Men: First Class) (EUA) (2011)

☻☻☻e ½


No auge da Guerra Fria, mutantes malignos liderados por Sebastian Shaw (Kevin Bacon) tentam desencadear uma guerra nuclear para acabar com a humanidade. Cabe ao geneticista e mutante Charles Xavier (James McAvoy) e à agente da CIA Moira MacTaggert (Rose Byrne) reunir uma equipe de jovens mutantes para impedir que a Crise dos Mísseis se transforme em guerra. A eles se une Erik Lehnsherr (Michael Fassbender), sobrevivente dos campos de extermínio nazistas e também mutante, que quer se vingar dos carrascos de seu povo e impedir que o holocausto se repita com os mutantes.
Esqueça as cronologias das HQs (embora essa recomendação pareça bastante óbvia, sempre há aqueles fãs desavisados que esperam ver a transposição simples e direta das histórias dos quadrinhos para a tela) e da própria franquia (o razoável X-Men, o bom X-Men 2, o fraquíssimo X-Men: O Confronto Final e o pavoroso X-Men Origens: Wolverine). XM1C até tenta ser parte dessa seqüência de filmes, mas o número de inconsistências do roteiro em relação à série deixa claro que a intenção é realmente recomeçar. E, se for entendido dessa forma, o filme é muito bom.
O roteiro tem bom equilíbrio entre as cenas de construção das personagens mais importantes, ação e risadas (as cenas descaradamente cômicas são fracas, na verdade, mas as sutis são muito boas). Existe, é claro, um bom número de referências aos quadrinhos, mas a história pode ser facilmente acompanhada por quem só conheceu os X-Men no cinema ou está vendo um filme com os mutantes da Marvel pela primeira vez. Os fãs mais antigos e menos intransigentes da HQ vão perceber que, embora haja um grande número de mudanças em relação ao que se lê no papel, a construção das personagens respeita o que foi estabelecido principalmente a partir dos anos 80.
Os efeitos especiais, curiosamente, não chamam a atenção. Ainda não sei se isso é uma falha de concepção e execução ou se o propósito era concentrar o foco da platéia no ritmo da história. De qualquer modo, fiquei feliz em finalmente encontrar uma explicação razoável para Banshee conseguir voar.
É claro que XM1C tem defeitos. O maior deles é um Xavier moleque demais. Magnus, ao contrário, é muito consistente. E um mutante que lança discos de energia rebolando como se estivesse brincando com bambolê é absolutamente ridículo! (No sentido original da palavra, ou seja, faz rir). Emma Frost (January Jones) também merecia uma caracterização melhor e uma atriz que não tivesse cara de adolescente, afinal, ela é a Rainha Branca do Clube do Inferno! (Ou foi, pelo menos nos quadrinhos, porque agora está com os mocinhos).
Seja como for, XM1C conseguiu agradar um bom número de fãs extremamente chatos como eu (embora tenha desagradado muita gente também). Então, dá para dizer que vai agradar boa parte do público.

Um comentário:

Unknown disse...

Grande post Tio Makoto! É por aí mesmo, concordo com tudo que vc escreveu, mas O Estranho ainda vai pegar o Magneto e trazer ele mais moleque!

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